27 maio 2013

Resenha dupla: As vantagens de ser invisível e A culpa é das estrelas.






Hoje teremos resenha dupla! De dois livros extremamente lindos. A culpa é das estrelas e As vantagens de ser invisível.



As vantagens de ser invisível
Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.


Como dizer que esse livro simplesmente mudou meu modo de pensar sem parecer clichê? Mas mudou mesmo. Lendo o livro percebi o quanto me assemelho ao Charlie. Invisível, sem participar, olhando tudo de fora. É assombroso, porque eu também costumava escrever cartas para ninguém em especial. Charlie mostra a sua vida. Sua entrada no ensino médio, seu professor de Inglês, seus amigos, as festas, os problemas pessoais de cada um e os de todos. A descoberta de sua sexualidade, os medos, as vontades, as tristezas. Charlie (ou melhor, Stephen, o escritor) faz com que você se sinta parte da história. Sinta o que o Charlie sente, o que os outros sentiram. Em alguns pontos eu me vi ali, junto com o Charlie, vivendo aquilo tudo. Recomendo primeiro que leiam o livro e depois vejam o filme. É uma ótima experiência. 
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A culpa é das estrelas
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Assumo, chorei nesse. Chorei porque é um livro que nos mostra o amor numa forma tão bonita, tão plena que chega a parecer inalcançável. Nos mostra também o valor da vida, de uma amizade, de uma família. Li o livro em um dia e algumas horas. Me indignei com o final, como tudo aconteceu rápido demais e me pegou de surpresa. Me apaixonei pela escrita de John Green, e pelo modo como ele conseguiu captar uma adolescente e falar para outro adolescente, ou pessoa de outra idade, e fazer com que todos se conectem ao livro. Espero ansiosa pelo filme.

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